quarta-feira, 6 de maio de 2009

Quando a onça se deita com a ovelha: a arte com mídias úmidas e a cultura pós-biológica

O que ocorre é uma nova mudança nas mídias, onde o mundo digital ‘’seco’’ do computador se entrelaça com o mundo biológico ‘’molhado’’, é o que se entende por mídias úmidas. São caracterizadas por simbioses pós-biológicas entre a telemática, a biotecnologia e a nanoengenharia.
Enquanto que nossa visão está cada vez mais pós-materialista, buscando um modo de ser que cada vez mais se encontra com o mundo espiritual e com o conhecimento de cultura expressas como exóticas.

Arte e vida no século XXI


A estética que melhor explica essa mudança é a tecnoética que nada mais é do que a junção do que conhecemos com o que ainda podemos descobrir sobre a própria consciência e assim alcançaremos a tecnologia.
Com isto, ocorrerá a transformação da consciência tanto em sujeito como em objeto da arte.
Em sociedades eruditas, techne e noetikos se relacionam em todos os níveis. A arte sempre foi um exercício espiritual por qualquer coisa que fosse imposto sobre ela seja por atitudes políticas ou ideologias culturais.
A globalização nos mostra que estamos todos conectados mas que também as idéias e identidades estão em fluxo constante, assim como as mídias úmidas ligam os domínios artificial e natural, havendo a relação entre consciência e mundo material. O que se pode dizer é que nós nos movemos além do alcance de nossas mentes.
A nossa Cibercepção dá conta de escanear o universo inteiro. Através de nossa ampla e visível tecnologia se desenvolve uma consciência dupla, ou seja, nos permite perceber ao mesmo tempo a dinâmica externa das coisas e sua aparência externa. O auxilio na incorporação da conectividade da mente é parte da tarefa do artista, se antenar nos campos da consciência que novos sistemas materiais irão iniciar é parte da arte. Vivemos em um contexto de realidade mista (mixed reality), o cruzamento entre a arte, a ciência, a tecnologia e a mitologia nos permite visualizar tal contexto.
Realidade mista lida ao mesmo tempo com o mundo físico real e o mundo virtual sintetizado criando ambientes que integram o mundo real com o virtual.
O papel da arte com mídias úmidas pode se tornar central para imaginar e estabelecer formas criativas de conectividade entre indivíduos, podendo trazer coerência às suas relações. Pode também influenciar valores e atitudes e servir para novas idéias sobre a vida na cultura pós biológica. As mídias úmidas oferecerão novos sistemas e estruturas às formas emergentes de arte planetária, redefinindo o espaço dinâmico de interação e colaboração de artistas de todas as partes do mundo.
O Big Bang nos faz ver que metade do ciberespaço e metade do mundo cada vez mais está mais dominada pela nanoengenharia, nos fazendo viver no “limite da rede”.
Utilizamos novas tecnologias para investigar a relação da matéria com a mente, porém é necessário utilizar as tecnologias antigas para relacionar a consciência com a mente. A tecnologia das plantas é usada nos sonhos e na cura, pois leva integridade a um indivíduo ou um grupo, e ‘’sonhar ’’ as possibilidades à um indivíduo ou grupo social.
A realidade do senso prático é o desacordo entre a realidade cotidiana e as tecnologias. A mente é dividida em três: realidade virtual, realidade validada e realidade vegetal.
- A realidade virtual abrange toda uma ontologia de telepresença, de imersão sensorial e conectividade imaterial que permite à RV mudar o modo como nos vemos, a maneira de nossa conduta e os ambientes que queremos habitar.
- A realidade validada é o universo ortodoxo do ‘senso pratico’ causal, é a ‘realidade’ estabelecida no ínicio de nossas vidas, delimitando o sentido do que somos ou do que poderíamos ser.
- A realidade vegetal é a transformação da consciência pela tecnologia vegetal. Ela é pouco difundida, tendo como base um conjunto de regras práticas e percepção aguda, normalmente conhecida através do trabalho dos xamãs. Trabalhos realizados através de ervas naturais totalmente diferentes da realidade validada da medicina ocidental.

Conclusão

Ele afirma que tanto as artes quanto as ciências biológicas pode ganhar muito "a partir da pesquisa que busca correspondências e colaborações entre duas tecnologias, de maquinas e plantas, dentro do espaço claro das três realidades.Ele finaliza "o problema não é da ciência, e sim do preconceito desta com a fisica quântica e até mesmo a inteligência das plantas .
Para Ascott,quando esse tempo chegar,o planeta se conforma de moda aque a onça do espaço natural da floresta possa se deitar ao lado da ovelha clonada .

Abaixo o link dos Slides:

http://www.slideshare.net/annaluizavilella/quando-a-ona-se-deita-com-a-ovelha

Grupo:Ana Luiza Vilella
Caroline Manhente
Isabela Cunha
Patricia Laureano
Ricardo Cruz

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